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domingo, 28 de agosto de 2011

Éramos felizes... e não sabíamos?

Com frequência e reincidência recebo aquelas apresentações de Powerpoint com 6 Mb, que amigos preocupados com nosso bem-estar mental nos enviam. E uma das que mais me chama à atenção é a que diz (variando um pouco o texto, conforme a origem) que "éramos felizes e não sabíamos". Resumindo, uma máquina do tempo nos remete aos anos 40 (ou 50 ou 60, depende), onde brincávamos o tempo todo na rua com pauzinhos e pedrinhas, andávamos por aí sem cinto de segurança, a tv possuía apenas 4 canais, e por aí vai. Ou seja, somos levados a um saudosismo forçado de uma época que nem foi nossa e - o pior - não deixou saudades! Sim, não consigo concordar com saudosistas que pregam serem os anos 50 melhores do que hoje. Nem o apelo da vida "mais natural" cola - não troco uma mesa farta de frutas e verduras, livre de salgadinhos, por tratamentos eficazes para a hipertensão arterial. Ou uma vida mais bucólica e lúdica por tecnologias que diminuem distâncias e colocam o mundo na ponta dos dedos. Ok, se você tem mais de 50, pode ter saudade de sua infância - mas ela foi a SUA infância. Que foi diferente da minha, que por sua vez é diferente daquela experimentada por meus filhos. Seus netos vivem num mundo totalmente diferente, com outras demandas, outros atrativos e outra velocidade. O mundo, cada vez mais, é um lugar melhor para se viver. Você pode pensar que não, que temos guerras, fome, escassez de recursos, divisão injusta da riqueza, etc. Mas pense no todo. A expectativa de vida só aumenta. As mais cruéis ditaduras estão ruindo, uma a uma. A tecnologia está cada vez mais ao alcance das pessoas. E a medicina está nos fazendo viver mais e melhor. Portanto, além de pensar sobre como foi boa a sua infância, pense também que seus netos estão brincando num mundo muito mais interessante.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Gaúcho, o 'Melhor do Mundo'

Esta mentalidade de “melhor do mundo” só é prejudicial ao Rio Grande do Sul. Fico estupefato ao ler que o Sr. Nelson Proença (em nota publicada no Jornal Zero Hora de 29/07) preocupa-se que empresas de “fora” tenham interesses aqui no estado. Desde quando isto é ruim? Se sua empresa tem excelência e competitividade, venda-a e crie outra! Assim vamos pra frente, economicamente e como um povo globalizado. O conceito “Polar NO Export” - aquele da famosa cerveja, é tão nocivo aos gaúchos quanto a “Lei de Gerson”. Depois, reclamam que estamos atrás de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Salvador... se duvidar, até de capitais muito menos expressivas e com muito menos potencial. Chega de arrogância, gauchada! Com a educação, recursos, consciência política e fronteiras internacionais que temos, vamos começar a pensar grande - e humildemente, talvez, sendo um pouco mais brasileiros...